Linha 174 onze anos depois.

Posted by "O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons."


No dia 12 de Junho do ano de 2000, 11 passageiros linha 174 no Rio de Janeiro foram feitos de reféns a partir das 14:20 da tarde.

No bairro do Jardim Botânico, o assaltante Sandro do Nascimento fez sinal para o ônibus. Com bermuda, camiseta e um revólver calibre 38 à mostra, ele passou pela roleta e sentou-se próximo a uma das janelas. Vinte minutos depois, um dos passageiros conseguiu sinalizar para um carro da polícia que passava pela rua. O ônibus, então, foi interceptado por dois policiais. Nesse momento, o pânico já se havia instalado. O motorista e o cobrador abandonaram o veículo e alguns passageiros também conseguiram escapar, pulando pelas janelas e pela porta traseira

Sandro Barbosa do Nascimento ameaçava quem chegasse perto do ônibus, apontando o revólver e fazendo provocações.

Uma hora depois o primeiro refém foi libertado; Willians de Souza que na época era estudante de administração; ficando outros 10 reféns, todos do sexo feminino.

Após a liberação de Willians, Sandro apontou a arma na cabeça de Janaína Neves e a fez escrever nas janelas, com batom, frases como: "Ele vai matar geral às seis horas" e "ele tem pacto com o diabo".

Pouco antes das 18h da tarde, o bandido pediu 1 carro, duas pistolas e duas granadas para fugir. A polícia disse que não atenderia. Furioso, simulou matar uma refém que estaria deitada no chão do ônibus. E voltou a fazer ameaças: "Seu delegado, já morreu uma. Vai morrer outra."

Às 18:47 o bandido desceu do ônibus abraçado com Geísa Firmo Gonçalves. Três policiais tentaram convencer ele a se entregar, quando um outro policial se aproximou com a arma apontada para o assaltante e disparou, no reflexo, o assaltante disparou acertando a refém. Os dois cairam abraçados no chão. A refém foi levada para o hospital e Sandro para a viatura da polícia, sem nenhum ferimento. Sandro foi morto por asfixia dentro da viatura.

No dia seguinte, em entrevista coletiva, comandante do BOPE disse que o desfecho foi um erro do soldado Marcelo dos Santos que estava a 4 anos no BOPE.

Uma sucessão de erros do soldado levou a este fim trágico este sequestro. O soldado partiu pra cima do indivíduo sem engatilhar a arma, no momento em que o soldado parte para cima do assaltante a arma está apontada na altura do ombro, e não na altura da cabeça.
Rodrigo Pimentel, hoje ex-policial, na época era comandante da ativa da PM do Rio, e tinha servido 6 anos como capitão do BOPE. O ex-capitão foi ao local da tragédia para identificar os pontos em que possíveis atiradores de elite poderiam efetuar o disparo de sniper - um tiro certeiro, e preciso ao ponto de evitar qualquer tipo de espasmo muscular do indivíduo - que poderia ter sido feito de pelo menos 4 lugares diferentes. Foi reação desastrada da polícia.

Geísa tinha 20 anos e dava aulas de artesanato para crianças da favela da Rocinha. Uma amiga de Geísa disse que ela estava grávida de dois meses, e ainda não tinha dado a notícia para o marido. "Ela só queria ter certeza para falar com ele." A família foi indenizada com uma pensão de três salários mínimos por mês. O tenente-coronel Jose Carlos de Oliveira Penteado foi indiciado por homicídio culposo, quando não há a intensão de matar.

O capitão do BOPE na época Ricardo de Souza Soares e mais dois soldados, foram a julgamento por homicídio qualificado pela morte por asfixia do assaltante Sandro do Nascimento. O capitão disse que não teve a intensão de matar Sandro, que só queria imobilizá-lo e pensou que ele estivesse desmaiado; e que só ficou sabendo da morte de Sandro no hospital. Os soldados Flávio Duval Dias e Marcio Araujo Davi também disseram que só tentaram imobiolizar o bandido que estava muito agitado e teria tentado pegar a arma dos policiais. Os três réus foram absolvidos por quatro votos a três.

Em novembro de 2001, a linha 174 mudou de número para 158.

Geísa Firmo Gonçalves foi enterrada em Fortaleza — CE, no cemitério do Bom Jardim. Seu enterro foi acompanhado por mais de 3.000 pessoas.

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América em verde e amarelo



15 vezes Brasil.
3 Vezes Santos.

Após 48 anos de jejum, o Santos volta a conquistar a América. Em uma noite memóravel, com Pacaembu lotado, com direito a presença do rei Pelé.
A turma de Neymar e companhia entrou para a história do clube e fez o Peixe entrar para a história do futebol novamente.

O primeiro tempo foi marcado pela superioridade santista, mas, com a pontaria descalibrada.
Enquanto o Peñarol tentava encaixar contra-ataques que sempre eram rechaçidos pela defesa santista.

O tempo passou e o jogo foi ficando morno e a apreensão foi tomando conta das arquibancadas. O Santos pressionava, e o Peñarol se defendia como podia, efetuando desarmes, ou cometendo faltas. Algumas mereçedores de cartão vermelho.

No segundo tempo, foi dado o início à avalanche santista. Logo com um minuto e meio, Ganso fez ótima jogando tabelando com Arouca, passando um marcador e dribando outro e tocando para Neymar, que arrematou de primeira no cantinho que teve contribuição do goleiro.
Santos 1x0 Peñarol

O Santos continuou jogando pra cima, pressionando o time uruguaio que parecia estar perdido em campo. Aos 23 minutos, Danilo arrancou pela direita, deixou um marcador para trás, driblou outro e chutou no canto do goleiro Sosa. Santos 2x0 Peñarol.

As arquibancas eram um festa só. Torcedores do Peixe se abraçavam, comemoravam, choravam. O jogo prosseguiu e Durval acabou marcando um gol contra. Como em 2005, quando defendia o Atlético-PR, na final da Libertadores contra o São Paulo, o Rei do Sertão marcara um contra.

Foi apenas um susto passageiro. Logo o Peixe retomou o dominio e teve até chances para marcar mais gols. Não precisou. No final, uma cena que não precisava ocorrer: jogadores das duas equipes trocaram agressões em campo, diante de uma Polícia Militar que pouco fez para conter os brigões. Nada, no entanto, que acabasse com o brilho da conquista do Peixe.

Ficha técnica da partida:
SANTOS 2 X 1 PEÑAROL

Santos: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo.
Técnico: Muricy Ramalho

Peñarol: Sosa; González (Albín), Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera.
Técnico: Diego Aguirre

Gols:
Neymar, a 1min e Danilo, aos 23min e Durval (contra), aos 34min do 2º tempo

Cartões amarelos: Neymar e Zé Eduardo (Santos); González e Corujo (Peñarol)
Renda e Público: R$ 4.266.670,00 / 37.894 pagantes
Data: 22/06/11. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG). Auxiliares: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG).

Campanha santista na Libertadores:

-Primeira fase (fase de grupos)-

Deportivo Táchira 0 x 0 Santos
Santos 1 x 1 Cerro Porteño
Colo-Colo 3 x 2 Santos
santos 3 x 2 Colo-colo
Cerro Porteño 1 x 2 Santos
Santos 3 x 1 Deportivo Táchira

-Fase de mata-mata-

Oitavas de final:
Santos 1 x 0 América-MEX
América-MEX 0 x 0 Santos

Quartas de final:
Once Caldas 0 x 1 Santos
Santos 1 x 1 Once Caldas

Semi-Finais:
Santos 1 x 0 Cerro Porteño
Cerro Porteño 3 x 3 Santos

Final:
Peñarol 0 x 0 Santos
Santos 2 x 1 Peñarol

Só resta agora esperar pelo Mundial Interclubes em dezembro, e ver o provável e furioso duelo entre Neymar e Lionel Messi.

Santos Futebol Clube campeão da América 2011

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