O mundo do automobilismo em luto.

Posted by "O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons."

Daniel Clive Wheldon. 22/06/1978 - 16/10/2011















Daniel Clive Wheldon, nascido em Emberton na Inglaterra, foi um automobilista britânico. Wheldon foi campeão da temporada 2005 da Indy Racing League, no mesmo ano, venceu as 500 Milhas de Indianápolis.Em 2011,Wheldon foi convidado a participar das 500 milhas de indianápolis vindo a vencer na ultima curva após o piloto JR Hildebrand perder o controle do carro e bater no muro. Faleceu num grave acidente que envolveu 15 carros nas 300 milhas de Las Vegas quando estavam decorridas 13 voltas.
Seu carro decolou sobre o carro de Paul Tracy, vindo a bater de cabeça para baixo, destruindo o cockpit do seu carro e em seguida seu capacete. Dan Wheldon foi levado para um hospital de Las Vegas, mas não resistiu aos ferimentos. Os pilotos fizeram uma homenagem dando cinco voltas no circuito, seguindo o carro de segurança.

Alcoolismo e Tabagismo na adolescência.

Posted by "O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons."


- Alcoolismo -



            A bebida alcoólica pode ser considerada como a droga mais vendida do planeta, e o alcoolismo, dela decorrente, é um sério problema de saúde pública mundial.

            O alcoolismo nunca foi problema dos adultos. Podem também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.

            Para essa reviravolta em relação ao uso do álcool entre os adolescentes, que ocorreu bruscamente de uma geração para outra, concorreram diversos fatores de risco. O primeiro é que o consumo de bebidas alcoólicas é aceito pela sociedade e até estimulado. Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho fumou maconha ou tomou um comprimido de ecstasy numa festa, e acham normal que eles bebam porque afinal todos bebem.

            Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida, a pressão de um grupo de amigos, sentimento de onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo.

            Não é raro o problema começar em casa, com hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça isso do álcool ou com mau exemplo que alguns pais dão vangloriando-se de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num fim de semana só.

            Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que se expõem usuários.

            Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com a sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.







- Efeitos do álcool

            O álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver alcoolismo.

            Pesquisas recentes sobre o efeito do álcool no cérebro de adolescentes mostra que essa substância, consumida num padrão considerado nocivo, afeta as regiões responsáveis por habilidades como memória, aprendizado, autocontrole e principalmente a motivação.



- Hidrocampo – o hidrocampo está ligado aos processos de memorização e aprendizado. Experiências recentes realizadas com ratos na Universidade Duke, nos EUA, mostram que, em cobaias adolescentes, o álcool tornou mais lenta do que em adultos a atividade dos neurônios envolvidos na formação de novas memórias. Conforme foi aumentada a dosagem de álcool, a atividade cessou completamente.

- Lobo Frontal - o lobo frontal está ligado à concentração, ao planejamento e a iniciativa; essa área é essencial para qualquer pessoa controlar o impulso e medir as conseqüências de seus próprios atos.

            Um estudo realizado na Universidade da Carolina do Norte, também nos EUA, submeteu ratos ao equivalente a quatro dias de intensa bebedeira. O dano cerebral nas cobaias adolescentes foi duas vezes maior do que nas adultas. Com base nisso, conclui-se que o consumo de álcool em larga escala na adolescência pode levar o adolescente, na fase adulta, a ter dificuldade para, entre outras coisas, tomar decisões e definir o que é certo ou errado para si.



- Na verdade o álcool é tóxico em qualquer dose –



- Incentivo ao consumo

            O que se pode atribuir à tendência ao alcoolismo ter-se tornado mais acentuada na adolescência e a das meninas beberem mais do que suas mães?

            A propaganda dirigida ao público jovem é mais intensa hoje e existem produtos desenvolvidos especialmente para essa faixa etária. Um exemplo são as sodas alcoólicas (ou Ice, como são conhecidas) que, apesar de aparentemente fracas, contêm teor alcoólico muito mais elevado do que a cerveja.

            Por outro lado – e outro motivo de grande preocupação -, é alguns pais permitirem que os filhos bebam porque não vêem problema na bebida. A justificativa é que, afinal todos os adolescentes bebem. Por isso, aceitam como normal o fato de os filhos começarem a consumir álcool cada vez mais cedo. Hoje, é comum os adolescentes se reunirem na casa de um deles para fazer o famoso “esquenta”, ou seja, para beber alguma e chegar meio alcoolizados à festa. Se não for assim, parece que a festa não tem graça.

            É importante destacar essa idéia de que, no Brasil, muitos pais acham normal os garotos de 14 anos beberem grandes volumes. Isso não acontece em países com Estados Unidos, por exemplo, onde 20 anos é a idade mínima que a pessoa precisa ter para comprar bebida alcoólica, porque se chegou à conclusão de que o consumo precoce de álcool, além de aumentar o risco de acidentes, facilita o suo de outras drogas. E lá a lei não ficou só no papel. Seu cumprimento passou a ser rigorosamente acompanhado por fiscais que controlam a venda de bebida para menores. Nos últimos 20 anos, graças a essa fiscalização efetiva, caiu muito o número de acidentes relacionados com o “beber e dirigir” naquele país.



- Controle de consumo

            No Brasil, não existe nenhum tipo de controle

            Uma pesquisa feita em Diadema e Paulínia, duas cidades paulistas, mostrou que os entrevistadores adolescentes conseguiram comprar bebidas alcoólicas em 95% dos estabelecimentos visitados (mundialmente, a taxa aceitável são de 10%), o que denota total descontrole da situação.

            Na verdade, vivemos num mercado descontrolado, estrategicamente favorecido pela indústria do álcool. No Brasil, há um milhão de pontos de venda de álcool, um para cada 180 mil habitantes, a propaganda é bastante intensa, o preço é baixo e prevalece à falta de controle sobre a comercialização da bebida para menos de idade.

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- Fumo na adolescência

Informação é a chave.



            Fumar é hábito antigo. Que vem desde a época do descobrimento do América. Esse costume que foi criado e difundido por adultos tem feito parte da vida de cada vez mais crianças e adolescentes. Isso porque indústrias e comércio descobriram que o vício e a dependência são ainda mais profundos quanto mais cedo iniciados.

            “O tabagismo é reconhecido pela OMS como uma doença pediátrica, pois começa ainda nos verdes anos da puberdade, prolongando 90% dos casos ao período da adolescência”, conta o diretor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo da UFRJ, Alberto Araújo. Como provam os estudos, “em poucos anos, o jovem passa do consumo esporádico a um consumidor habitual, com a tolerância e a progressão para a dependência, o que leva o adolescente a saltar de seis cigarros para um maço de cigarros por dia, quando inicia a vida adulta”, explica.

            No início, tudo é onda. Um amigo aqui e outro ali, ambos fumantes; perguntam, incitam, sugerem, instigam. Um pouco menos de informação e, quando o jovem menos percebe, começou a fumar. Isso, como dizem os médicos e especialistas, costuma ser uma rua de mão única. O adolescente sempre pensa que para se quiser, que se vicia quem não tem controle. Só que com o tabaco não há controle. O corpo cria dependência física e involuntária da substância química tornando, na maioria dos casos, muito difícil afastar-se do hábito de fumar.

            Uma das maneiras de introduzir o cigarro na vida de uma criança ou adolescente é a publicidade. A quantidade de vezes que uma criança vê a propaganda de um cigarro, um produto à venda ou mesmo a imagem do fumo atrelada a bons costumes e vida farta é imensa. O especialista Alexandre Milagres experimentou fazer uma pesquisa que consistia em saber quantas vezes um jovem tinha contato com um cigarro. Por exemplo, ao caminhar 3,5 km nas ruas Ataufo de Paiva e Visconde Pirajá, ambas na Zona Sul do Rio, descobriu que seria possível comprar o produto em 95 pontos diferentes.

            Alguns estudiosos comprovaram também que a maior parte dos esportes radicais e eventos de grande porte, como corridas de motos, inclusive a fórmula 1, costumavam ter produtoras de cigarros como patrocinadores. Isso acaba atrelando o nome a imagem. O adolescente, inconscientemente, associa o nome a sensação de liberdade, prazer, rebeldia, juventude e vida (exatamente o que o cigarro toma ao longo do tempo). Algumas propagandas de cigarro chegam até a vir com slogans como “Seja livre para escolher” ou “Fume com moderação”, entre outras frases curiosas. O engraçado é que o fumante não é livre, é um dependente, ele não faz escolhas, só segue um padrão fisiológico – o que também invalida a palavra moderação na caixa do cigarro -.

            Mais de 90% dos fumantes adultos começam antes dos 18, em média entre os 11 e 13 anos. Por isso, a OMS já declarou temer pela morte de 750 milhões de adolescentes. Só no Brasil, 30 mil crianças são fumantes habituais entre 5 e 10 anos de idade. De acordo com uma pesquisa do Datafolha, o cigarro é o segundo produto que os jovens mais se lembram de terem visto à venda em locais de compra rápida como bancas de jornal, padarias, supermercados, lojas de conveniência e etc. 37% dos entrevistados na pesquisa que ver outras pessoas fumando influencia a querer experimentar. Isso pode ser um dado alarmante, pois 70% dos admitem ser permitido fumar em ambientes fechados, dentro de casas noturnas, ou bares que freqüentam. E 75% dizer ser contra o fumo em ambientes fechados. Sempre que saem ou fazem um passeio casual, esses jovens expostos a produtos a venda em cada esquina, além de pessoas fumando em qualquer ambiente, mesmo em locais fechados.

            “Como não há conscientização adequada, a curiosidade e a imitação de atitudes fazem com que meninos e meninas resolvam experimentar a droga. Dado o seu poder escravizante (viciante), o movimento que parte da experimentação fugaz, para o uso regular e imperceptível. Entretanto, mesmo para jovens recém-tornados dependentes, a saída do processo não é tão simples quanto foi a sua entrada nele”, resume o médico especialista Alexandre Milagres.

            Dos entrevistados, 47% costumam ver alguém em casa fumando de vez em quando. Para Alexandre, essa situação de exposição ao tabagismo precisa mudar. Crianças e adolescentes são a chave na luta conta o tabagismo. Se a criança convence o pai fumante, não necessariamente ela o faz parar de fumar, mas, com certeza deixa de ser um adulto fumante, em potencial.

            Como transformar crianças em multiplicadoras dos males do cigarro? Informação e conscientização. “Os jovens não têm que ser alertados para o problema, eles têm que ser seduzidos a participar de sua solução. A energia desta juventude linda que está por ai pode e deve ser canalizada para contribuir para o movimento mundial de banimento ao fumo do planeta”, concluiu Milagres.