Chacina em escola do Rio deixa 11 crianças mortas.

Posted by "O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons."

Rio de janeiro 7/4/2011

Por volta de 8:30 da manhã da quinta-feira de hoje, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, entrou na escola homônima equipado com dois revólveres; um calibre 38 e o outro calibre 32.

O rapaz - que segundo o sargento da polícia militar Márcio Alves que o interceptou na escada do segundo para o terceiro andar, estava com um olhar transtornado - fez 11 vítimas fatais e mais 13 feridos dentro da escola.


-Wellington chegou na escola bem vestido por volta de 8:00 da manhã, como era conhecido por ser ex-aluno, entrou com facilidade dizendo que iria fazer uma palestra.
-Logo depois ele começou a entrar nas salas de aula do primeiro andar efetuando os disparos e fazendo as primeiras vítimas.
-Ao migrar para o segundo andar ele continua atirando contra os alunos, e um deles, mesmo ferido, consegue fugir e buscar socorro.
-Esse menino corre pela rua e chega até uma viatura da polícia que estava fazendo uma blitz contra transporte irregular.
-O policial entra no edifício que se depara com Wellington na escada do segundo para o terceiro andar - que já havia recarregado o revólver diversas vezes - os dois tiveram uma troca de tiros. Wellington foi alvejado na perna e caiu no chão.
-Acuado, Wellington disparou contra a própria cabeça suicidando-se.
-Wellington deixou no local uma carta com inscrições complicadas, que mencionava que ele tinha a intenção de se matar após o massacre e que ele era portador do HIV.
-O sargento Márcio Alves fez logo em seguida uma varredura no prédio, porque corriam rumores de um segundo airador.
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Um ano após o temporal

Hoje no dia 7 de abril de 2011, completa 1 ano da tempestade que castigou a cidade do Rio de Janeiro e que resultou num colapso total da cidade e também nos deslizamentos no Morro do Bumba.

Um ano após os deslizamentos, há moradores que ainda não receberam o auxílio financeiro prometido pela prefeitura de Niterói. E ainda há outros que estavam recebendo até janeiro e que pararam de receber. Sem condições de pagarem uma nova moradia, esses moradores voltaram para as casas condenadas pela Defesa Civil.

Em relação a chuvarada posso que sou testemunha ocular.
Nesse dia, foi mais um dia normal para mim.
Nessa época eu estava namorando uma amiga minha, que mora na Ilha do Governador. E como fazia parte de nossos dias, eu estava levando ela em casa, saindo do Colégio Estadual João Alfredo; que fica em Vila Isabel; indo a pé para a Praça Saens Peña, para pegarmos o ônibus da linha 634.

Chegamos no ponto final do ônibus e o tempo estava começando a mudar.
O tempo foi passando, o dia foi virando noite, e quando me dei conta estava começando a chover.
Quando finalmente entramos no ônibus chuva já era temporal, e eu ela estávamos completamente encharcados, eu tive que torcer minhas camisas duas vezes.

No momento em que pensamos que tudo ia melhorar, o ônibus saiu do ponto-final para andar dois quarteirões e meio e levar duas horas e meia para sairmos das imediações da Praça Saens Peña. Tudo isso, por causa de um bolsão d'água que se formou na altura da UPA, e os carros pequenos não podiam passar. Na hora em que estávamos em frente a estação de metrô da Saens Peña, um detalhe irônico, no meu aparelho MP4, eu escutava a música Who'll Stop The Rain, da extinta banda Creedence Clearwater Revival.

Após passarmos pela praça o ônibus foi seguindo seu itinerário normalmente, até chegarmos na rua Felisberto de Menezes no bairro da Praça da Bandeira, onde enfrentamos novo engarrafamento, mas dessa vez, por muito menos tempo.
Conforme o motorista guiava o ônibus e ia chegando próximo da esquina, podíamos ver que a Praça da Bandeira ainda estava alagada. O Colégio Estadual Antonio Prado Junior estava alagado por dentro também.
Ao dobrar a esquina no sentido da praça eu olhei para o lado de fora e via a água que ainda não havia escoado; isso sem falar nas portas de ferros das lojas e dos comércios, que pareciam terem sido arrombadas por um animal de extrema violência.

E o motorista vou avançando com o ônibus, e o ronco do mesmo abafado pela água turva.
E quando chegamos na praça propriamente dita eu vi o que eu poderia chamar de "cenário de guerra".
O motorista foi acelerando e quando viu que não daria para passar, ele jogou o carro em cima da calçada do meio e abriu as portas do ônibus, para que a água entrasse e contrabalançasse o peso do ônibus.
E ali permanecemos por volta de 20:30 até às 23:30 da noite, com o nível da água oscilando durante esse tempo todo.
Eu estava em pé na parte de trás do ônibus, e o nível mais alto da água chegou acima do meu tornozelo.
Conforme o nível da água foi abaixando o motorista ia tentando sair dali, até que finalmente conseguiu.

Mas, nossos problemas estavam longe de terminarem.

Em São Critstóvão, mais precisamente no Campo de São Cristóvão, mais engarrafamento. Mais duas horas parados, por causa de alagamentos e uma suspeita de arrastão.
Quando finalmente passamos pela blitz, caminho livre, até o ponto de desembarque na Ilha do Governador.